Lágrima de Preta
Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão
3 comentários:
Até que enfim! Bravo, Francisco, por reanimares o blog!
Belo poema, este do António Gedeão, para uma reaprendizagem intercultural, da paz e dos Direitos Humanos!
Que ao menos aos nossos filhos consigamos ensinar estes valores e nas próximas gerações haja mais respeito entre os seres humanos...
Muy bien, si no eres tu el blogger estava parado.
Abraços a todos.
Luis
Muy bien, si no eres tu el blogger estava parado.
Abraços a todos.
Luis
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